Paulo Falcão Alves

Vaguear na Maionese

Paulo Falcão Alves

OS MESMOS DE SEMPRE

Embora a minha formação ideológica seja democrática e pró-capitalista, sinto um descrédito cada vez maior pelo estado das nações. Assistimos a uma guerra em que todos criticam o agressor, mas onde ninguém se insurge contra o principal causador desta fatalidade – o presidente dos Estados Unidos da América. Primeiro acenam à Ucrânia uma entrada na NATO e depois escondem-se atrás de insultos e de uma insurgente falta de carácter.
Lamentavelmente, por incompetência ou excesso de confiança, as grandes nações do ocidente, como os Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido, julgaram que os avisos da Rússia que visavam uma ação bélica em prol da proteção do seu território face à instalação de bases militares na vizinha Ucrânia seria apenas um bluf – estavam enganados! E pior, enganaram o líder ucraniano ao fazê-lo pensar que protegeriam o seu povo na eventualidade de uma qualquer invasão – outra mentira...
Levado por estas falas mansas, Zelensky afrontou uma das maiores potências bélicas do mundo, ainda ferida pelo desmantelamento humilhante da sua ex-URSS, chegando mesmo a assinar um pedido formal de adesão à União Europeia. O resultado foi o espicaçar do urso branco que, de um dia para o outro e após vários avisos, começou a disparar em todas as direções sem receio de possíveis danos colaterais mostrando ao mundo que mother Russia is still alive. Agora que já todos percebemos que a Ucrânia não vai aderir à NATO, falta saber quem irá pagar os custos desta guerra – os mesmos de sempre!