Aníbal de Sousa

 

Aníbal de Sousa

PARRAGIL - GILVRASINO um exercício toponímico  

A propósito do assunto em epígrafe. Por um lado, os topónimos Gilvrasino e Parragil conflituam, por outro lado identificam uma constelação de sítios e lugares que vão progressivamente mudando de nome, merecendo atenção também o que se passa com os lugares de Nora dos Velhos e Cerro Alto, com relação a Soalheira, Varjota e Palmeiral.

Destaque para a hipótese, que há quem levante, de Parragil se situar na rota da exploração fenícia de sal gema no Algarve.

Acresce ainda o facto de se encontrar uma estranha e considerável disseminação do patronímico Parragil nos EUA (Arizona, Califórnia, Novo México) e no México (Sonora), tanto quanto pude apurar. Esta pista merece ser estudada por quem saiba e o possa fazer.

De notar que o topónimo Parragil não aparece mencionado na relação dos "Montes" no Rol dos Confessados da Freguesia de São Clemente de Loulé de 1835.

O que poderemos considerar como o centro do Parragil, à volta de um antiquíssimo poço - que nunca secava e abastecia gente de léguas em redor, atualmente fora de uso, - tem uma localização digna de nota: sobe-se de sul para norte e de norte para sul e desce-se de leste para oeste e de oeste para leste.

Bordejando os limites do topónimo Parragil, fica a capelinha de Nossa Senhora da Boa Hora, que Francisco Lameira localiza nos princípios do Séc. XVIII. Ora, uma notável figura local, José Debrúzias, em Junho de 1970, reclama a criação da Freguesia de Boa Hora, para aquela região, com o propósito de concitar o apoio das gentes de outros lugares periféricos.

Esta é uma matéria fascinante que justifica a participação, além dos especialistas em
Toponímia, também de os de outras disciplinas como a História e a Genealogia.

Aceda ao documento aqui:
Breve arrolamento toponímico acerca de PARRAGIL - GILVRASINO - PDF