Poemas ibéricos
Santiago Aguaded Landero
Poemas ibéricos (45)
TRÊS INÉDITOS DE JOSÉ CARLOS BARROS
José Carlos Barros nació en 1963 en Boticas. Es licenciado en arquitectura paisajista por la Universidad de Évora. Vive en Cacela Velha y trabaja en Vila Real de Santo António, en el Algarve. Fue director del Parque Natural da Ria Formosa Tiene publicados numerosos libros de poemas y dos novelas (O Prazer e o Tédio y Um Amigo Para o Inverno, 2013). Entre sus poemarios citamos Las Moradas Inútiles que fue publicado en España, en edición bilingüe en la colección Palavra Ibérica. Otros libros son Todos os Náufragos, Teoria do Esquecimento, Pequenas Depressões (com Otília Monteiro Fernandes) e As Leis do Povoamento (editado também em castelhano). Com Sete Epígonos de Tebas venceu o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama 2009; com o qual foi finalista do Prémio LeYa em 2012. Os seus livros mais recentes (poesia) são os seguintes: O Uso dos Venenos, ed. Língua Morta (2ª edição, 2018), A Educação das Crianças, ed. Do Lado Esquerdo Editora, 2020, Estação – Os Poemas< do DN Jovem, 1984-1989, ed. On y Va, 2020, e Penélope Escreve a Ulisses, Edições Caixa Alta, 2021.
UMA INSPIRAÇÃO DE
CERVANTES
Há os
que procuram as árvores
quando precisam de sombra,
há os que as amam
por causa da luz dos seus ramos.
A CASA DOS MEUS AVÓS
Regresso à pintura de
Morandi
como se fosse um
domingo de Verão
e ainda
estivessem todos à mesa.
BRANCUSI: O BEIJO
O homem
e a mulher
já estavam na
pedra,
quase
não foi
preciso
esculpir.
UNA INSPIRACIÓN EN CERVANTES
Hay quienes buscan los
árboles
cuando necesitan
sombra,
hay quienes los
aman
por la luz de sus ramas.
LA CASA DE MIS
ABUELOS
Vuelvo
al lienzo de Morandi
como si fuese un
domingo de verano
y todos
estuvieran aún en la mesa.
BRANCUSI: EL BESO
El hombre
y la mujer
ya
estaban en la piedra,
casi
no fue preciso
esculpir.
Traducción de SAL, Agosto 22
- n.41 • outubro 2022