A razão por meio da ciência
Fabiano Agrela Rodrigues
ASTRÓCITOS NÃO SÃO IGUAIS
- Partilhar 01/12/2022
Astrócitos não
são iguais. Novos medicamentos podem ser
desenvolvidos para agir em regiões
específicas do cérebro através dos
astrócitos.
O Baljit Khakh, professor
e pesquisador sênior da universidade UCLA,
e, seus colegas, fizeram avanços ao estudar
os astrócitos, células da glia em formato de
estrela. Células da glia são encontradas em
todo o sistema nervoso, tendo como principal
função a nutrição e proteção dos neurônios.
Ou seja, são células que não emitem energia,
eletricidade, não tem função corporal, de
movimentos, funções específicas relacionadas
ao corpo, mas que desempenho papel chave na
existência dos neurônios; além disso, são
células conhecidas por compor a barreira
hematoencefálica (BHE).
Os
pesquisadores descobriram que os astrócitos
não são idênticos, não possuem o mesmo
formato. Ao realizar o estudo em ratos,
descobriu-se que a depender da área do
cérebro, os astrócitos apresentam
diferenças, como entre corpo estriado e
hipocampo. Os genes envolvidos em cada área
também apresentaram diferenças.
Com a
descoberta, abriu-se a possibilidade de
tratar doenças através de drogas que agem
diretamente em cada estrutura de astrócito,
ligadas a regiões cerebrais. Anteriormente,
pensava-se que estas células eram iguais,
impossibilitando a criação de drogas
específicas, pois o medo era de que a mesma
irradiasse os efeitos da droga por todo o
cérebro, causando resultados adversos.
Agora, é possível sugerir que podemos usar
medicamentos para atingir astrócitos
específicos de cada região e tratar doenças
mentais correlacionadas.
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues,
Departamento de Ciências e Tecnologia da
Logos University International
- n.43 • dezembro 2022