
A razão por meio da ciência
Fabiano Agrela Rodrigues
Sinais ou sintomas de AVC. O que fazer?
- Partilhar 25/10/2022

Um acidente vascular cerebral ocorre quando
o suprimento de sangue para parte do cérebro
é interrompido ou reduzido, impedindo que o
tecido cerebral receba oxigênio e
nutrientes. As células cerebrais começam a
morrer em minutos.
Saiba o
que fazer para diminuir os riscos de
sequelas ou morte de pessoas no momento dos
sintomas.
No momento do
AVC, a primeira coisa que se deve fazer não
é ficar tentando identificar os sintomas. Se
já apresenta possibilidades com sintomas
típicos, como dormência, fraqueza em um lado
do corpo, dificuldade para falar ou perda de
visão, tontura e dor de cabeça, ligue
imediatamente para a emergência e diga que
há alguém tendo um AVC ou derrame.
Existe o AVC hemorrágico, causado por um
vaso sanguíneo rompido levando a hemorragias
cerebrais e o AVC isquêmico, causado por um
coágulo que leva ao bloqueio de um vaso
sanguíneo. 80% são isquémicos e 20%
hemorrágico. Por isso, não dê medicamentos,
entre eles, aspirina, pois se for
hemorrágico causará mais sangramento já que
ela é anticoagulante. Também não dê
alimentos nem bebidas para que não engasgue
e desenvolva infecções ou dificuldade em
respirar.
Um medicamento
trombolítiuco chamado tPA, ou ativador do
plasminogênio tecidual, pode ser
administrado a alguém se estiver tendo um
derrame, potencialmente revertendo ou
impedindo o desenvolvimento dos sintomas.
Mas deve ser administrado dentro de 4,5
horas após o início dos sintomas.
Os sinais e sintomas incluem:
Dificuldade na fala e em seu
entendimento.
Paralisia e dormência
da face, braço ou perna de um lado do corpo.
Visão turva, duplicada ou enegrecida
em um ou nos dois olhos.
Dor de
cabeça súbita e intensa podendo ser
acompanhada de vômito, tontura, alteração da
consciência.
Dificuldade em andar e
equilibrar-se com perda de coordenação.
O que a pessoa que está ao lado
pode fazer:
Seja rápido em
entrar em contato com a ajuda ou em ajudar;
Não deixe essa pessoa dormir;
Não dê medicamentos, alimentos ou
bebidas;
Melhor que a ambulância vá
buscar do que a pessoa levar ao hospital a
depender de onde vive e as condições de
ajuda rápida por ambulância;
Peça
para pessoa sorrir e veja se um lado do
rosto caiu.
Peça para levantar os
dois braços e veja se um braço desliza para
baixo ou é incapaz de levantar.
Peça
para que repita palavras simples e perceba
se a fala está arrastada ou estranha.
Fatores de risco do estilo de
vida:
Obesidade;
Sedentarismo;
Excesso de bebidas
alcóolicas;
Uso de drogas;
Fatores de risco médico:
Pressão alta;
Colesterol alto;
Tabagismo e também exposição ao fumo
passivo;
Apneia obstrutiva do sono;
Diabetes;
Doença cardiovascular,
incluindo insuficiência cardíaca, defeitos
cardíacos, infecção cardíaca ou ritmo
cardíaco irregular, como fibrilação atrial;
Infecção COVID-19;
História pessoal
ou familiar de acidente vascular cerebral,
ataque cardíaco ou ataque isquêmico
transitório;
Fatores
associados a um maior risco de AVC:
Pessoas com mais de 55 anos de
idade;
Homens tem um maior risco de
sofrer AVC que mulheres, e essas tendem a
ser mais velhas;
Uso de pílulas
anticoncepcionais ou terapias hormonais que
incluem estrogênio aumenta o risco;
Entre os medicamentos preventivos estão os
anticoagulantes e drogas antiplaquetárias.
Ao notar quaisquer sinais ou
sintomas procure imediatamente o médico.
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues,
Departamento de Ciências e Tecnologia da
Logos University International
- n.42 • novembro 2022