A razão por meio da ciência

Fabiano Agrela Rodrigues

Sinais ou sintomas de AVC. O que fazer?

Um acidente vascular cerebral ocorre quando o suprimento de sangue para parte do cérebro é interrompido ou reduzido, impedindo que o tecido cerebral receba oxigênio e nutrientes. As células cerebrais começam a morrer em minutos.

Saiba o que fazer para diminuir os riscos de sequelas ou morte de pessoas no momento dos sintomas.

No momento do AVC, a primeira coisa que se deve fazer não é ficar tentando identificar os sintomas. Se já apresenta possibilidades com sintomas típicos, como dormência, fraqueza em um lado do corpo, dificuldade para falar ou perda de visão, tontura e dor de cabeça, ligue imediatamente para a emergência e diga que há alguém tendo um AVC ou derrame.

Existe o AVC hemorrágico, causado por um vaso sanguíneo rompido levando a hemorragias cerebrais e o AVC isquêmico, causado por um coágulo que leva ao bloqueio de um vaso sanguíneo. 80% são isquémicos e 20% hemorrágico. Por isso, não dê medicamentos, entre eles, aspirina, pois se for hemorrágico causará mais sangramento já que ela é anticoagulante. Também não dê alimentos nem bebidas para que não engasgue e desenvolva infecções ou dificuldade em respirar.

Um medicamento trombolítiuco chamado tPA, ou ativador do plasminogênio tecidual, pode ser administrado a alguém se estiver tendo um derrame, potencialmente revertendo ou impedindo o desenvolvimento dos sintomas. Mas deve ser administrado dentro de 4,5 horas após o início dos sintomas.

Os sinais e sintomas incluem:

Dificuldade na fala e em seu entendimento.

Paralisia e dormência da face, braço ou perna de um lado do corpo.

Visão turva, duplicada ou enegrecida em um ou nos dois olhos.

Dor de cabeça súbita e intensa podendo ser acompanhada de vômito, tontura, alteração da consciência.

Dificuldade em andar e equilibrar-se com perda de coordenação.

O que a pessoa que está ao lado pode fazer:

Seja rápido em entrar em contato com a ajuda ou em ajudar;

Não deixe essa pessoa dormir;

Não dê medicamentos, alimentos ou bebidas;

Melhor que a ambulância vá buscar do que a pessoa levar ao hospital a depender de onde vive e as condições de ajuda rápida por ambulância;

Peça para pessoa sorrir e veja se um lado do rosto caiu.

Peça para levantar os dois braços e veja se um braço desliza para baixo ou é incapaz de levantar.

Peça para que repita palavras simples e perceba se a fala está arrastada ou estranha.

Fatores de risco do estilo de vida:

Obesidade;
Sedentarismo;
Excesso de bebidas alcóolicas;
Uso de drogas;

Fatores de risco médico:

Pressão alta;
Colesterol alto;
Tabagismo e também exposição ao fumo passivo;
Apneia obstrutiva do sono;
Diabetes;
Doença cardiovascular, incluindo insuficiência cardíaca, defeitos cardíacos, infecção cardíaca ou ritmo cardíaco irregular, como fibrilação atrial;
Infecção COVID-19;
História pessoal ou familiar de acidente vascular cerebral, ataque cardíaco ou ataque isquêmico transitório;

Fatores associados a um maior risco de AVC:

Pessoas com mais de 55 anos de idade;
Homens tem um maior risco de sofrer AVC que mulheres, e essas tendem a ser mais velhas;
Uso de pílulas anticoncepcionais ou terapias hormonais que incluem estrogênio aumenta o risco;

Entre os medicamentos preventivos estão os anticoagulantes e drogas antiplaquetárias.

Ao notar quaisquer sinais ou sintomas procure imediatamente o médico.

Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues,
Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International