
A razão por meio da ciência
Fabiano Agrela Rodrigues
Nadar pode ajudar o cérebro a manter-se jovem
- Partilhar 10/08/2022
Exercícios físicos são essenciais para a
manutenção do cérebro, mas a natação
destaca-se pelo seu poder de estimulação
cerebral.
O cérebro é a máquina mais
complexa que conhecemos, capaz de realizar
tarefas que demandariam vários computadores
de última geração, além de já ter incríveis
habilidades ainda é capaz de adaptar-se e se
regenerar. Ele pode ser facilmente
estimulado através de hábitos simples, um
dos mais importantes é, sem dúvida, o
exercício físico.
Ele é essencial
para manter um bom funcionamento do nosso
cérebro e preservá-lo dos efeitos do tempo,
em especial os exercícios aeróbicos como a
natação, que ajudam a melhorar a oxigenação
e estimula a liberação de endorfina -
hormónio responsável pela nossa sensação de
prazer - e serotonina - conhecida como o
hormónio da felicidade, relacionado ao sono,
memória e humor.
Além disso, esse
tipo de exercício também é um importante
aliado da neurogénese - processo cerebral
que ajuda na reversão e reparação de danos
neuronais - esse processo, também conhecido
como neuroplasticidade, é essencial para
manter o cérebro saudável e evitar doenças
neurodegenerativas.
Os exercícios
físicos, em especial os realizados na água
como a natação, ajudam a aumentar a
disponibilidade de BDNF (fatores
neurotróficos), elementos que atuam no
aumento do hipocampo e no desenvolvimento da
memória e aprendizado, além de auxiliar na
redução de depressão e ansiedade.
A
natação é muito indicada para idosos por
estimular a coordenação motora e ajudar no
relaxamento, uma espécie de estado
meditativo que é extremamente benéfico ao
nosso cérebro.
Por isso, a prática da
natação é importante para quem quer manter o
cérebro saudável e ativo por mais tempo, e
evitar doenças neurodegenerativas.
- n.39 • agosto 2022