A razão por meio da ciência
Fabiano Agrela Rodrigues
Microinfartos cerebrais corticais
estão relacionados à atrofia cortical
perilesional
- Partilhar 25/01/2022
Indivíduos com microinfartos cerebrais
corticais (CMIs) apresentam atrofia cortical
perilesional em uma grande área e isso pode
comprometer a cognição que está relacionada
ao CMI. Mesmo que estes já tenham sido
relacionados ao declínio cognitivo em
indivíduos com doenças como a demência, os
mecanismos sobre essa relação ainda não são
compreendidos de maneira adequada.
Estudos já fornecem evidências que danos
perilesionais contribuem de maneira
significativa para a atrofia cortical global
em pacientes com CMI. Isso pode auxiliar na
percepção dos impactos do CMIs na estrutura
do cérebro e no desempenho de funções de
modo geral.
Os CMIs podem funcionar
como marcadores de doenças
cerebrovasculares. Por isso é tão importante
estudar profundamente a relação entre o CMIs
e essas doenças, pois quanto mais
compreensão obtivermos sobre o tema, melhor
poderemos debater possíveis soluções e
tratamentos para as pessoas afetadas.
Os estudos comprovaram que os CMIs
afetam a estrutura cerebral além da área
lesionada. A presença de CMI também foi
associada à redução do comprometimento
cognitivo e a espessura cortical global teve
um efeito significativo na relação entre a
presença de CMI e MMSE.
Ou seja,
apesar de saberem da relação entre a
presença de CMI e o declínio cognitivo,
somente agora a ciência começa a explorar
tais fatos de maneira aprofundada. Mais uma
vez, podemos perceber o quanto é fantástico
o que descobrimos quando começamos a estudar
o cérebro profundamente. É um local no qual
as descobertas nunca cessam, por isso,
acredito que mudanças transformadoras estão
por vir.
- n.33 • fevereiro 2022