Fabiano de Abreu

A razão por meio da ciência

Fabiano Agrela Rodrigues

Microinfartos cerebrais corticais
estão relacionados à atrofia cortical perilesional

Indivíduos com microinfartos cerebrais corticais (CMIs) apresentam atrofia cortical perilesional em uma grande área e isso pode comprometer a cognição que está relacionada ao CMI. Mesmo que estes já tenham sido relacionados ao declínio cognitivo em indivíduos com doenças como a demência, os mecanismos sobre essa relação ainda não são compreendidos de maneira adequada.

Estudos já fornecem evidências que danos perilesionais contribuem de maneira significativa para a atrofia cortical global em pacientes com CMI. Isso pode auxiliar na percepção dos impactos do CMIs na estrutura do cérebro e no desempenho de funções de modo geral.

Os CMIs podem funcionar como marcadores de doenças cerebrovasculares. Por isso é tão importante estudar profundamente a relação entre o CMIs e essas doenças, pois quanto mais compreensão obtivermos sobre o tema, melhor poderemos debater possíveis soluções e tratamentos para as pessoas afetadas.

Os estudos comprovaram que os CMIs afetam a estrutura cerebral além da área lesionada. A presença de CMI também foi associada à redução do comprometimento cognitivo e a espessura cortical global teve um efeito significativo na relação entre a presença de CMI e MMSE.

Ou seja, apesar de saberem da relação entre a presença de CMI e o declínio cognitivo, somente agora a ciência começa a explorar tais fatos de maneira aprofundada. Mais uma vez, podemos perceber o quanto é fantástico o que descobrimos quando começamos a estudar o cérebro profundamente. É um local no qual as descobertas nunca cessam, por isso, acredito que mudanças transformadoras estão por vir.