
Vaguear na Maionese
Paulo Falcão Alves
The Christmas Tree

Acabamos de entrar no
período mais bonito do ano – o Natal, uma
festa celebrada um pouco por todo o mundo de
forma singular. As decorações de Natal, o
abrir dos presentes, os jantares em família,
todos estes momentos fazem do Natal um
momento único e especial que se vai
perpetuando através dos signos que, ao longo
das nossas vidas, vamos construindo no nosso
imaginário coletivo.
De todos os signos
que compõem este horizonte natalício, a
árvore de Natal é, na minha opinião, o seu
supremo
representamen
– não por ser o maior, mas por ser aquele
que melhor personifica a essência do Natal,
transportando-nos para um mundo mágico que
nos faz sentir fraternos - mais humanos,
fazendo-nos por vezes parar e pensar
naqueles que, pelas mais variadas razões,
não vão poder sentir o Natal com o mesmo
calor e alegria que muitos de nós.
É a partir do momento
em que “fazemos” a árvore de Natal que
marcamos oficialmente a entrada do Natal nas
nossas casas, permanecendo esplendorosa e
iluminada, dia-após-dia, como se a
lembrar-nos que ainda é Natal.
Os dias vão
passando e logo chega a ceia de Natal,
abrem-se os presentes, trincha-se o peru e o
Natal, embora perca parte da sua magia,
vai-se mantendo vivo através das cores e das
luzes que
vestem
as nossas
Christmas Trees.
Entretanto, alguns
dias depois vem a passagem de ano, trincamos
as passas, brindamos ao Ano Novo e entramos
na fase mais melancólica – a altura de
desmontar a árvore de Natal.
O ato de “empacotar”
a árvore de Natal simboliza oficialmente o
fim do Natal e toda a magia que ele
representa, fazendo-nos voltar para as
nossas vidas, para o nosso mundo sem tempo.
Sim, o Natal faz-nos parar no tempo e olhar
para o “outro”, algo devíamos fazer mais
vezes ao longo do ano – claro que nesse
tempo não temos árvores de Natal, mas temos
as memórias, os cheiros e os sons dos tempos
passados que nos podem ajudar a sentir a sua
magia.
Vamos, portanto,
aproveitar este Natal esperando serenamente
que quando este tempo mágico terminar
possamos continuar a sentir algum do seu
encanto dentro de nós - pelo menos durante
mais algum tempo.
Um Santo e Feliz
Natal para todos!
- n.7 • dezembro 2019